INDÚSTRIA

Campo Novo está se industrializando
O município está entre os líderes de exportações no estado
Dentro do setor industrial de Campo Novo do Parecis várias industrias dos mais diversos segmentos se instalam, aproveitando todas as oportunidades oferecidas pelo município. O polo industrial, José Diogo Dutra tem o Pioneiros, o mais antigo onde ficam localizadas as algodoeiras. Dentro do Pindorama I, várias outras empresas com menores lotes também enriquecem a produção industrial do município. A expansão industrial de Campo Novo do Parecis se destaque também em números divulgados pelo ministério da Indústria e Comércio Exterior divulgados em janeiro de 2020. A cidade aparece como a 4ª maior exportada de Mato Grosso, ficando atrás somente de Sorriso, Rondonópolis e Primavera do Leste, deixando para trás Sinop, Lucas do Rio Verde e Cuiabá. Ao todo, Campo Novo do Parecis vendeu U$ 874 milhões em produtos industrializados no ano de 2019, que representa 5,5% das exportações estaduais.
A PRODUÇÃO BIOENERGÉTICA
Além da crescente produção bioenergética através da cana-deaçúcar, agora também com o milho a expectativa é de expansão. Expansão esta que será estimulada ainda mais a partir deste ano entrando em vigor um programa que vai estimular o setor sucroalcooleiro, o RenovaBio. Depois de todo o processo de cadastramento e adequações às exigências do programa, as usinas têm uma perspectiva muito promissora para o futuro do etanol. A previsão é que, ao longo dos próximos 10 anos, R$ 1,3 trilhão sejam investidos em recursos para o setor. Alguns especialistas apontam que o etanol brasileiro tem em mãos as chances de reduzir de forma considerável a emissão de gás carbônico na atmosfera. Hoje, o Brasil é o único país do mundo capaz de fazer uso intensivo desse tipo de energia, o que além de contribuir com o meio ambiente, é uma excelente fonte econômica. E quem está se preparando para aproveitar este filão de oportunidades são as usinas de álcool em Campo Novo do Parecis. A mais antiga é a COPRODIA, enquanto outra que está em fase final de construção é a ETAMIL, que de entrar em operação a partir de junho deste ano.
COPRODIA VIU A CIDADE NASCER
Mais antiga que a própria cidade, a Cooperativa Agrícola de Produtores de Cana de Campo Novo do Parecis Ltda., COPRODIA, tem como data de fundação 24 de novembro de 1980. No início, pertencia a Diamantino, mas após a emancipação político-administrativa, passou a pertencer ao município de Campo Novo do Parecis desde então. A empresa está situada às margens da BR-364, conta com aproximadamente 1,7 mil funcionários e mais 48 de cooperados. Sua produção impressiona: são 180 milhões de litros de etanol e mais 240 milhões de sacas de açúcar cristal, apontando um acréscimo de 10% em relação à safra anterior. Ao todo, são 35 mil hectares de área cultivada com a impressionante marca de 3,
ETAMIL: UMA SUBSIDIÁRIA DE SUCESSO
A ETAMIL é uma empresa que tem 40% de seus ativos pertencentes à COPRODIA e os outros 60% pertencem aos mesmos cooperados da COPRODIA. Ela nasceu da ideia de utilizar o milho produzido na região e que também era preciso consumir o excedente de bagaço da cana produzido pela COPRODIA. A montanha de bagaço da canade-açúcar estava se transformando em um problema para a COPRODIA, pois antigamente ninguém queria esse “resto” de produção. A partir do momento em que este material passou a ter valor de utilização, a empresa começou a pensar em utilizar o material para a geração de energia elétrica com o bagaço. A estrutura de Campo Novo ainda não tinha como escoar essa energia por falta de linhões, e a subestação do município não suportaria o volume de energia que seria gerado. A capacidade de moagem da ETAMIL será de 700 toneladas de milho por dia, o que resulta em 420 litros de etanol por tonelada e 294 mil litros de combustível por dia. Já para o DDG (subproduto extraído durante o processo de destilação do milho), dependendo do processo realizado, é de 270 quilos/tonelada. “Nosso foco é atender o mercado local, bem como os mercados das regiões sudeste e norte do país”, explica o diretorexecutivo Fernando Luis Giacomet, sobre o destino do combustível produzido pela ETAMIL. Em 2000, Mato Grosso produzia 6 milhões de toneladas, e em 2020 a produção chegará em 30 milhões. A projeção para 2030 é de 45 milhões toneladas de milho. “China, Japão e a Europa como um todo vão ter que pôr álcool no combustível. A tendência é que a China precise de álcool para tudo o que produzir, e com o poder aquisitivo que o mercado deles dispõe hoje, devem comprar de São Paulo e São Paulo vai comprar de Mato Grosso”, projeta Giacomet.
FS BIOENERGIA
Com projeto para chegar a Campo Novo do Parecis e ser uma das cinco unidades espalhados pelo estado, a FS Bioenergia será pioneira na produção de etanol com base de milho. No primeiro semestre de 2019, um grupo de diretores da empresa se reuniu com o prefeito Rafael Machado para tratar da instalação da unidade camponovense de etanol de milho. O ótimo momento vivido pelo município, principalmente pelo fortalecimento da BR-364, impulsionou Campo Novo como polo de oportunidades e nova rota do desenvolvimento da região Oeste. Ao todo, quando as cinco unidades estiverem em pleno funcionamento, a expectativa de produção de todas as usinas é de 2,6 bilhões de litros de etanol por ano, tornando-a uma das três maiores produtoras de etanol do Brasil.
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Dados do Município

CAMPO NOVO DO PARECIS
Campo Novo do Parecis é um município brasileiro distante 401 km da capital Cuiabá, localizado no interior do estado de Mato Grosso, região Centro-Oeste. Conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), sua população foi estimada em 36.143 habitantes, em 2020.
A cidade possui a 9ª maior economia do estado, com PIB (Produto Interno Bruto) dos Municípios de R$ 2.933.729.000 (aproximadamente R$ 2,93 bilhões).
A força de Campo Novo está na agropecuária, que movimenta R$ 1,1 bilhão/ano. Maior produtor nacional de girassol e pipoca, possui cerca de 42% do território destinado às safras de grãos. Dados apontam que, em 2019, foram colhidas 3,11 milhões de toneladas (t) de cana-de-açúcar, 1,18 milhão/t de milho (segunda safra) e 1,27 milhão/t de soja. Também se destacam no setor do agronegócio algodão, sorgo e amendoim.