Bloqueio de caminhoneiros gera corrida a postos e zera estoques

O grupo de manifestantes que fecha os principais trechos das BRs 070, 163 e 364, após ato pró-Bolsonaro realizado no feriado da Independência, pede a saída dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o voto impresso auditável. Agora, há bloqueios em pelo menos 16 estados.
O bloqueio de caminhoneiros nas rodovias federais de Mato Grosso tem causado correria de motoristas aos postos de combustíveis, especialmente no Nortão.
Em Sinop, vários postos de combustíveis já estão sem estoque. Enquanto isso, filas e filas de motoristas desesperados se formam em outros estabelecimentos espalhados pela cidade – ignorando e relevando os preços altos do etano, gasolina e diesel.
No estado, são registrados ao menos 12 pontos de bloqueios nas rodovias federais – seis deles estão sob concessão da Rota do Oeste. São eles:
- Rondonópolis – Km 119 da BR-163 (ou 202 da BR-364);
- Nova Mutum – Km 598 da BR-163;
- Lucas do Rio Verde – Km 687 da BR-163;
- Sorriso – Km 745 da BR-163;
- Sinop – Km 821 da BR-163;
- Cuiabá – Km 396 da BR-364;
- Várzea Grande – Km 517 da BR-070, próximo ao Posto Miriam.
Na noite de ontem, o presidente Jair Bolsonaro, pediu aos caminhoneiros aliados, através de um áudio (cuja autenticidade foi confirmada pelo ministro dos Transportes, Tarcísio Gomes) que não bloqueassem as rodovias para evitar desabastecimento e aumento da inflação.
“Deixa com a gente agora aqui em Brasília. A gente vai conversar por aqui com outras autoridades e vamos buscar uma solução”, disse o presidente.
De acordo com o jornal “O Estado de S. Paulo”, um dos líderes do movimento intitulado de “caminhoneiros patriotas”, Francisco Burgardt, também conhecido como Chicão Caminhoneiro, informou que entregaria ainda hoje um documento ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pedindo a destituição de ministros do STF.