Estradas precárias e armazéns lotados dificultam escoamento de grãos

As incertezas na comercialização da safra de soja têm deixado os produtores cautelosos na hora da negociação. Os principais problemas seguem sendo a precariedade de rodovias (especialmente estaduais) e falta de armazéns.
Em Marcelândia, os armazéns estão sem espaços, o que causa preocupação quanto à cultura do milho.
E com a colheita do milho próxima de seu início em Mato Grosso, a produtora rural Silvana Garcia Miranda Martins revela estar preocupada em como irá realizar a logística dos grãos em seu armazém.
“Em junho começa a colheita (do milho). Vai ser preciso realizar a manutenção do armazém, e até maio tem que retirar a soja para armazenar o milho”, explica.
Na sua propriedade, 70 mil sacas de soja estão aguardando para serem comercializadas. Segundo ela, o custo caiu nos últimos meses e o valor de venda não é suficiente para abater o custo da produção.
Outro problema que tem causado transtorno para Silvana e outros produtores de Marcelândia é o escoamento da safra.
As rodovias estaduais, pavimentadas ou não, têm apresentado péssimas condições de trafegabilidade. Tal situação encarece o transporte e diminui ainda mais a rentabilidade da fazenda.
O presidente do Sindicato Rural de Marcelândia, Marcelo Ricardo Cordeiro, pontua que a situação com a logística, inclusive, dificulta a comercialização da produção.
“Infelizmente nós temos aí, todo um sacrifício que o produtor rural tem que fazer, para conseguir vender a sua produção. O produtor está sendo sacrificado por conta de uma logística que está dificultosa”, afirma o presidente.