Produção de pitaya cresce no estado

Com sabor refrescante e rica em nutrientes, a pitaya começou a ser produzida há poucos anos em Mato Grosso e vive momento de expansão.
O estado tem em torno de 50 produtores da fruta, cuja colheita vai de outubro a maio. A produtividade média fica acima de 20 toneladas a cada hectare plantado.
"Há novas áreas em implantação e melhoras nas práticas culturais com materiais mais produtivos e novas tecnologias", explica o engenheiro agrônomo de Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Welington Procópio.
As pesquisas com a fruta começaram em outubro de 2016, no Campo Experimental de Tangará da Serra, do qual Procópio é supervisor.
Os principais municípios que produzem são Arenápolis, Chapada dos Guimarães, Curvelândia, Figueirópolis d'Oeste, Juína, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Nova Ubiratã, Pontes e Lacerda e Tangará da Serra.
O custo de implantação de um hectare pode variar de R$ 50 mil a R$ 120 mil, dependendo do nível tecnológico e suas condições. O quilo da fruta sai por entre R$ 20 e R$ 80, dependendo da época do ano.
E, como ainda não há volume e nem regularidade para a entrega da produção, a maior parte das frutas vai para mercados locais.
Chamada de fruta-dragão, a pitaya pode ter a polpa branca ou vermelha e ser vermelha ou amarela por fora, entre outras cores. Tem vitaminas C, D, e do complexo B, minerais e fibras.
MAIORIA PEQUENOS
Os produtores de pitaya em Mato Grosso são, em sua maioria, pequenos. Mas há outro perfil entrando nesse meio: é o caso de Ramiro Azambuja.
Ele já foi gestor de uma grande companhia agrícola de produção tradicional e conta que viu a necessidade de inovar e buscar uma nova modelagem que permitisse a ocupação de pequenas áreas com uma cultura de valor agregado.
Azambuja tem 12 hectares de plantação de pitaya, nos municípios de Chapada dos Guimarães e Nova Mutum. São 1,6 mil mudas por hectare, em média, com cada uma produzindo cerca de 50 kg da fruta por ano, a partir do segundo ano.