Demanda aquece produção de calcário agrÃcola

O Brasil produziu em torno de 45,3 milhões de toneladas de calcário agrícola em 2020, um aumento de 4,5% em relação ao ano anterior. Em Mato Grosso, principal fornecedor do insumo no país, o crescimento foi ainda mais expressivo: quase 11%.
As 34 indústrias instaladas no estado produziram juntas 9,5 milhões de toneladas, um milhão a mais que em 2019. O avanço é reflexo do maior investimento dos agricultores na correção do solo, com foco na melhora do potencial produtivo das lavouras.
“O calcário agrícola é o insumo mais importante do agronegócio, porque ele viabiliza a produção quando faz a correção de acidez do solo e porque aumenta a produtividade quando potencializa a ação do fertilizante”, explica o presidente Sindicato das Indústrias de Calcário (Sinecal-MT), Ricardo Dietrich
Com a valorização das principais commodities cultivadas no estado, como soja e milho, o setor espera uma nova expansão na demanda pelo insumo nesta safra. “Em 2021 a expectativa é de que esse crescimento seja até um pouco maior, na faixa dos 12%”, afirma Dietrich.
Nos últimos cinco anos, a produção do insumo saltou 80% no estado. Um dos motivos é o maior conhecimento quanto aos benefícios do uso do calcário na agricultura, confirmados por pesquisas que analisam o seu efeito nas lavouras.
Tanto é que experimentos com calagem foram realizados nas regiões de Sinop, Sapezal, Querência e Marcelândia.
“Os resultados têm mostrado aumento significativo na produtividade. O efeito do calcário, como agente na correção do PH, no fornecimento de cálcio e magnésio, na melhoria de perfil de solo, na eficiência do uso dos nutrientes, no aumento do uso e potencializador do uso do fósforo, tem se mostrado positivo”, aponta o pesquisador Anderson Lange.