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Saúde

SAÚDE

Publicado em 15 de Fevereiro de 2022 ás 09:37 , por VALMIR FARIAS

Cada vez melhor

Investimentos feitos pelos setores público e privado têm transformado Sorriso em um centro médico de referência 

Polo de 15 municípios que integram o Consórcio de Saúde Teles Pires e referência para vários outros municípios da região Norte de Mato Grosso, Sorriso tem um atendimento de saúde, tanto público quanto privado, que o difere de muitas outras cidades brasileiras. 

Essa qualidade, proporcionada por uma ótima estrutura física e por profissionais de alto nível, está transformando o município em um centro de excelência, onde a população local e a de municípios vizinhos - e até mesmo de outros estados, tem acesso a exames de última geração e a atendimentos especializados.

Além da estrutura pública de saúde, Sorriso conta com uma rede de atendimento formada por 134 estabelecimentos, entre hospitais, clínicas médicas e odontológicas, laboratórios clínicos e centros de diagnóstico por imagem, que o colocam em igualdade com centros maiores. 

Uma das referências é o Hospital 13 de Maio. Construído por meio de parceria entre médicos, empresários e produtores rurais, a unidade hospitalar foi implantada para atender a demanda cada vez mais crescente por atendimento de média e alta complexidade.

Diretora executiva do Hospital, Eliane de Fátima Frescura tem uma avaliação positiva da saúde no município em razão do atendimento ofertado tanto na rede pública quanto na privada, onde há investimentos em inovação, em estrutura, na aquisição de equipamentos de última geração e na capacitação dos profissionais envolvidos. “Sorriso tem uma saúde de qualidade”, afirma ela. 

A unidade hospitalar é uma das maiores e mais bem estruturadas de Sorriso. São ao todo 49 leitos para internações, sendo 23 apartamentos e 26 enfermarias. O Hospital possui uma sala de parto e 10 leitos de UTI. A previsão é que os leitos de UTI sejam ampliados e uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica seja implantada no próximo ano. 

Além do 13 de Maio, Sorriso conta também com mais dois hospitais: o Nossa Senhora de Fátima, administrado pela iniciativa privada e o primeiro a ser instalado na cidade no início de 1980, e o Hospital Regional, que tem a administração a cargo do Estado através da Secretaria Estadual de Saúde e que foi implantado no final da década de 1980. As duas unidades oferecem atendimento de média e alta complexidade.  

No setor público, convênios firmados entre o Município e a iniciativa privada garantem o acesso da população a 19 especialidades médicas e a exames de última geração sem que haja necessidade de que os pacientes se desloquem para grandes centros. Diariamente, mais de 3 mil atendimentos são realizados na Rede Municipal de Saúde e 100% do município é coberto pelo Programa de Saúde da Família. 

             “È esse desafio de tentar cada vez mais fazer o melhor que nos move também"  Eliane de Fátima Frescura, diretora executiva do Hospital 13 de Maio 

SAÚDE  EVOLUIU COM A CIDADE

O atendimento médico-hospitalar em Sorriso teve início em 1980, quando o então médico recém-formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná, Carlos Gilberto Frison, instalou o Hospital Nossa Senhora de Fátima.

A medicina praticada na época era limitada devido às condições da cidade, que estava começando a ser colonizada. “No início tínhamos as dificuldades inerentes  à época, como logística precária, comunicação quase inexistente e falta de pessoal de apoio”, lembra o doutor Carlos. “Fazíamos mais atendimentos clínicos, pequenas cirurgias, partos normais e atendimento de urgência, isso no primeiro ano”, completa o médico.

Porém, o crescimento da cidade e o aumento da população começaram a atrair mais profissionais da medicina e consequentemente, avanços na área da saúde. “A partir de 1981, com a chegada de mais um colega e com a ampliação do hospital, passamos a fazer cirurgias de porte maior e atendimentos mais complexos”, conta o médico.

Acompanhando o setor de saúde no município há mais de 40 anos, doutor Carlos destaca que num espaço de tempo considerado curto, a estrutura e o atendimento médico em Sorriso evoluíram e acompanharam o crescimento da cidade. 

“Hoje temos  hospitais muito bons, bem equipados, excelentes profissionais em todas as especialidades, muito bons serviços de apoio, como laboratórios, clínicas de imagem, fisioterapia e nutrição, isso tanto no setor privado como no público. A saúde em Sorriso vai muito bem, obrigado!”, diz o médico pioneiro. 

               

“A saúde em Sorriso está muito boa. Comparando com cidades com a mesma idade, Sorriso está muito bem”, Doutor Carlos Gilberto Frison, médico

 

INVESTIMENTOS PRIVADOS

Secretário Municipal de Saúde, Luís Fábio Marchioro destaca que os investimentos feitos no município pela iniciativa privada na área da saúde, como a construção de hospitais, implantação de centros médicos, clínicas em várias especialidades e laboratórios para exames clínicos e de imagem, contribuíram com a melhoria do setor. “Isso é um fator muito positivo”, frisa ele. 

Além do crescimento populacional, o secretário também atribui os investimentos feitos pela iniciativa privada ao potencial econômico do município e ao poder aquisitivo dos moradores. “Há uma condição de busca por atendimento particular por boa parte da população, que tem condição de pagar por um procedimento, por uma consulta”, ressalta.

E foi justamente o potencial econômico - aliado ao empreendedorismo e ao fato de Sorriso ser polo de atendimento de vários municípios - que levaram um grupo de empresários e de médicos a criar o Alliance Medical Center, onde estão instalados 40 consultórios que oferecem mais de 20 especialidades e diversos serviços de saúde.

Um dos sócios no empreendimento, Ramon Alves de Carvalho avalia que o setor de saúde em Sorriso tem potencial para avançar ainda mais em razão do número crescente de pacientes e de profissionais da medicina que se instalam na cidade. “Para se ter uma ideia nós já trouxemos mais de 20 profissionais. Só esse ano foram 8”, informa. 

              “Entendemos que havia a necessidade de ser não apenas um complemento, mas a necessidade de um centro médico onde o cliente pudesse ganhar tempo e qualidade”, Ramon Alves de Carvalho, Aliance Medical Center

INVESTIMENTOS PÚBLICOS

O secretário Luís Fábio Marchioro destaca que, apesar de já contar com uma estrutura de atendimento adequada, a demanda por saúde em Sorriso aumenta a cada dia com a vinda de mais moradores que chegam à cidade em busca de oportunidades. 

Contudo, ele enfatiza que o Município tem buscado suprir essa demanda. Uma das ações citadas pelo secretário são os 6 leitos de UTI instalados para tratamento da covid-19 e que deverão ser mantidos após a pandemia. Fábio também adiantou que mais cinco unidades de saúde da família deverão ser construídas nos próximos 3 anos. Existe também, segundo ele, projetos para a implantação de uma maternidade municipal e uma policlínica será construída na Zona Leste da cidade, proporcionando atendimento a cerca de 40 mil habitantes. 

O secretário destacou também a implantação de um centro de reabilitação de fisioterapia e fonoaudiologia, que está em processo de construção, e os investimentos municipais, que segundo ele são altos, na realização de cirurgias eletivas. “Tudo isso para contemplar a demanda. Nós vemos um futuro bom pela frente”, comenta. 

Para garantir um alto padrão de atendimento, o Município de Sorriso não tem poupado recursos. Pela Lei, a Administração Municipal é obrigada a aplicar 15% do orçamento na saúde pública. “Nós estamos investindo 30%”, informa Luís Fábio. “Tem que ter investimentos, não se faz nada na saúde sem ter recursos. O recurso financeiro é essencial”, frisa. 

CIDADE ATRAI PROFISSIONAIS CAPACITADOS

Diretora Executiva do Hospital 13 de Maio, Eliane de Fátima Frescura frisa que a estrutura existente na cidade, tanto na área da saúde quanto no geral, tem atraído um grande número de profissionais altamente capacitados, que atuam nas mais diversas áreas médicas e  que trocam os grandes centros por Sorriso. 

“Quando eles vêm conhecer a cidade, a estrutura ofertada dá a eles uma segurança para virem trabalhar com qualidade de vida para a família e que eles possam desenvolver suas especialidades e serem referências”, observa Elaine. 

Ela também comenta que a exigência da população por qualidade faz com que haja cada vez mais investimentos. “É esse desafio de tentar cada vez mais fazer o melhor que nos move também”, diz ela. 

 

HOSPITAL REGIONAL

Uma das grandes conquistas de Sorriso e outra referência em saúde para a cidade e a região é o Hospital Regional. Implantado no final da década de 1980, a unidade, que é administrada pelo Governo do Estado, foi ampliada e modernizada com o passar do tempo para suprir a demanda cada vez mais crescente por atendimento. 

Atualmente o Hospital Regional conta com uma estrutura formada por 20 leitos de UTI, 173 leitos convencionais, sendo 153 de enfermaria divididos entre as áreas de cirurgia geral, clínica médica, pediatria, maternidade e pronto-atendimento. Recentemente o Governo do Estado investiu no Hospital Regional R$ 8,5 milhões em obras de ampliação e melhorias e R$ 2,5 milhões na aquisição de equipamentos. 

Entre janeiro e agosto de 2021, o HR realizou em média 611 internações, 1.253 procedimentos de pronto-atendimento e 144 partos ou cesarianas por mês. Também foram realizadas uma média de 600 consultas ambulatoriais e 340 cirurgias mensais no mesmo período. 

No Hospital Regional de Sorriso, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, são ofertadas 21 especialidades médicas, sendo elas anestesiologia, cirurgia bucomaxilofacial, cardiologia, cirurgia geral, colonoscopia, vascular, clínica médica, endoscopia, ecocardiograma, ginecologia-obstetrícia, infectologia, nefrologia, neurocirurgia, neurologia, ortopedia, traumatologia, ultrassonografia, pediatria, radiologia, gastroenterologia, reumatologia e programa do trato genital inferior (PTGI).

 

FACULDADE DE MEDICINA

O secretário municipal destacou que a implantação do curso de medicina em Sorriso elevará ainda mais o nível do atendimento à população em razão da vinda de profissionais altamente qualificados que, além de atuarem como professores na instituição de ensino, poderão desenvolver atividades em clínicas e hospitais da cidade. 

Outro ponto favorável apontado por ele com a implantação do curso são os estágios obrigatórios que os estudantes terão que cumprir nas unidades de saúde pública. 

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